A atividade física é identificada como qualquer movimento corporal produzido pelo sistema musculoesquelético que resulta em gasto energético.

De acordo com o American College of Sports medicine para não ser considerado sedentário deve-se praticar no mínimo 150 min de atividades física por semana. No Brasil menos de 40% da população praticam alguma atividade física e apenas cerca de 13% atingem o mínimo de exercício recomendado.

Neste sentido a inatividade física aumenta substancialmente a incidência de doença arterial coronária, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, câncer de cólon, câncer de mama, diabetes do tipo II e osteoporose.

As evidências também indicam que a inatividade física está associada à mortalidade, obesidade, dislipidemia, depressão, demência, ansiedade e alterações do humor.

Por isso, se realizada periodicamente, produzem o aumento da força muscular, mobilidade, equilíbrio e resistência, que são vitais para manutenção de um bom desempenho nas atividades do dia-a-dia sendo eficaz na prevenção e no controle do sobrepeso e da obesidade.

Exercícios Regulares

Só para exemplificar, exercícios regulares melhoram a composição corporal, com diminuição da gordura corporal e aumento de músculos, aumentando assim o chamado metabolismo basal (quantidade de calorias gastas no repouso), além disso a atividade física causa aumento do tamanho e número das mitocôndrias que são as fábricas de energia do nosso corpo, diminuindo sintomas como fadiga, desanimo, envelhecimento precoce e outros sintomas relacionados à falta de energia.

Assim, o coração de um atleta pode ser comparado com uma bomba superpotente, com aumento do volume de sangue que é ejetado por minuto e diminuição da frequência cardíaca. O pulmão de atletas tem uma capacidade de troca respiratória muito melhor, captando mais oxigênio do ar inspirado e esse fato justifica-se por que muitas funções do sistema respiratório alteram-se em resposta ao exercício: a capacidade de difusão do pulmão aumenta em virtude do aumento na capacidade de difusão da membrana e do volume de sangue nos capilares pulmonares.

Para se ter uma ideia a ventilação de um indivíduo sedentário é em torno de sete litros por minuto. Já em um indivíduo bem treinado, esta ventilação poderá chegar em torno de 170 litros por minuto.

Atividades Físicas e o Bem-estar

Entretanto, praticar atividades regularmente ajuda na movimentação do trânsito intestinal, evitando a sensação de intestino “preso”, e constipação. Outro benefício está relacionado com a prevenção de doenças como inflamações e câncer de intestino.

Da mesma forma a atividade física está relacionada à melhora da função do sistema nervoso central com melhoras no desempenho de diferentes tarefas cognitivas, tais como:

  • Velocidade de processamento;
  • Atenção seletiva;
  • Memória de curto prazo;
  • Processo de aprendizagem.

Isto é, razão pela qual se sugere que o treinamento físico possa ser importante não apenas para o crescimento e desenvolvimento físico, mas também intelectual.

Como resultado, ocorre aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro, melhora da atividade dos neurotransmissores, ajudando a diminuir níveis de stress e depressão e sintomas de ansiedade.

Sobretudo, o exercício físico também está relacionado à melhora do sistema imune, com aumento do número de células de defesa do nosso organismo, com menor incidência de infecções e até câncer.

TPM, Endorfinas e Serotonina

Especificamente nas mulheres a prática de exercícios físicos durante o período da TPM pode ajudar a diminuir sintomas como irritabilidade, edemas, cefaleia, característicos desta fase do ciclo menstrual.

Além disso, os treinos moderados na TPM e no período menstrual ajudam a liberar endorfinas e serotonina, que trazem a sensação de bem-estar e amenizam estes sintomas.

Mulheres produzem testosterona em níveis muito menores que os homens, e este é um hormônio importante para melhora da libido, disposição e ganho de massa magra, uma alternativa natural para incrementar a produção deste hormônio são os treinos de força.

Todavia, estudos recentes evidenciaram também que o exercício físico atua na modulação do apetite, diminuindo a fome pelo aumento da sensibilidade de hormônios como a leptina e insulina, ajudando mulheres com compulsão alimentar, principalmente no período pré-menstrual.